Transformismo é démodé, crossdresser é G.L.A.M.!
Nos últimos cinco anos, na Bahia, o transformismo passou por várias mudanças importantes, após uma década na mesmice démodé, assim como gostam de serem chamados, os atores transformistas/ “bichas de show”, foram duramente criticados nas suas performances arcaicas, pelo público, que já não era o mesmo, sendo um público de faixa etária que não corresponde aos Pirellis, algo que nem existe mais na nova geração dos shows, deu assim oportunidade de renovar uma boa safra e de qualidade.
Iniciou entre 2007 a 2008, mais ou menos por acaso, em dois locais distintos da cidade, o Beco dos Artistas, onde estava modernizando os shows e com personagens que futuramente viriam ser um divisor de águas no transformismo; já longe do assalto, a Praia dos Artistas, responsável por cultivar o público mais jovem, que não via interesse nos circuitos gays tradicionais, iniciando com a Barraca Aruba e posteriormente Barraca Bahamas, comandavam o imo para solidificar um novo núcleo, o núcleo da Praia e a cultura crossdresser com shows mais modernos. Saindo literalmente dos antigos padrões do contexto do transformismo e de beleza.
Havia uma necessidade de cativar esse público mais jovem e não muito menos exigente, os habitat do núcleo do Centro já estavam passando por várias dificuldades para se manterem em visibilidade, além de poucos espaços conhecidos como GLS, um termo nunca mais usado no meio, até mesmo para tirar o ranço da vulgaridade e marginalidade; o mesmo é o que acontece com o até então conhecido transformismo, ganhou uma linguagem mais jovem, cultura crossdresser, muitos estão dizendo que são dois grupos dentro de um, porém sempre foi dividido em núcleos, o núcleo do Centro, com os atores transformistas; o núcleo do Beco dos Artistas, com shows trash (ainda na extinta boite Camarim); o núcleo da Praia com as crossdresser e o núcleo das Européias (geralmente são transformistas, travestis ou transex que moram na Itália ou Espanha, quando estão no Brasil se tornam celebridades homossociais e artigo de luxo em shows).
Difícil afirmar é se dentro da linha de shows, será possível harmonizar todos no mesmo termo (com exceção do núcleo das Européias por padrões de anatomia), ou se os antecedentes irão aderir o novo termo, e o mais importante, se irão seguir esta nova proposta. Pois, há uma grande diferença de uma para a outra, começando pelas músicas, as crossdresser estão interpretando as cantoras recentes, mais a ver com o público atual, de Lady GaGa à Beyoncé, o make-up é mais natural e leve; enquanto que, as transformistas estão entre Wanusa à Montserrat, a maquiagem ainda é densa e imódica, dentre outros... claro que não vamos comparar um rosto de 19 anos com um de 40 anos, apesar de que experiência é bom, porém, anos para que se possa aprender é melhor ainda.
Após essas mudanças, os núcleos se permitirão trocas de espaços de trabalho, coisa que não existia, mas pelo simples fato que muitos desses artistas dependem do pouco, que o cachê oferece; ilusão e miséria humana. Hoje, temos a certeza que sempre haverá um transformista/ “bicha de show” ou crossdresser para continuar essa sina, desde Sodoma e Gomorra, com ou sem DRT.
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